segunda-feira, 16 de maio de 2011

Projecto Entrescrita - Maria João Lopo de Carvalho

- Entrevista com Maria João Lopo de Carvalho -

Biografia

MARIA JOÃO Mendonça LOPO DE CARVALHO nasceu em Lisboa no dia 15 de Maio de 1962. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, em 1985. Foi professora no Ensino Básico e Secundário, entre 1985 e 1989; e, novamente, de 1992 a 1995. Em 1989 fundou a “Know How”, dedicada ao ensino de inglês para crianças, entre outras actividades para escolas públicas e privadas, em regime extra-curricular. Foi também copy-righter na agência de publicidade “McCann Erickson”, de 1999 a 2001; assessora no Gabinete de Vereação da Educação e Acção Social do Município de Lisboa, de 2002 a 2005; e responsável pelos programas de solidariedade da Swatch, em 2044 e 2005. Em 2008 foi co-fundadora da “Know How Angola” e da “IPSS Know How – Aprende a Brincar”, dedicada à acção social.
Responsável pelo Guia da Criança, directório exaustivo de todas as actividades para crianças na cidade de Lisboa, em 1994 e 1995, publicou vários livros infantis – entre eles: O herói sou eu (2007), Que bicho te mordeu (2007), e A minha mãe é a melhor do Mundo (2005). Os seus romances Acidentes de percurso (2001) e Virada do avesso (2000), ambos best-sellers, inscreveram o seu nome na literatura pop, tendo publicado depois Adopta-me (2004), onde aborda a pobreza infantil nos subúrbios de Lisboa. Colaborou também com a imprensa, como cronista das revistas Pais & Filhos (1994), Xis (2000), GQ (2000-2001) e Vidas (2004) e nos jornais Expresso (2002) e Diário de Notícias (2004), Metro, Destak e Focus.


Porque escolheu dedicar-se à literatura infanto-juvenil? 
Por ser o meu “ambiente natural”. Por estar “próximo” do que os mais novos gostam de ler. Por sentir, por querer, por gostar!!! 

Na sua perspectiva, nos dias de hoje os mais novos estão mais sensibilizados para a importância da leitura? 
Sim de certa maneira pois há muitos mais títulos disponíveis e o PNL tem dado uma forte ajuda. 

O que é para si um livro? 
Uma porta aberta para a Imaginação! 
E a Imaginação é… um músculo poderoso que existe no cérebro e que precisa de ser trabalhado 

Qual o escritor que mais admira? 
Sophia de Mello Breyner e a beleza das palavras vistas pelo lado de dentro! 

Que escritores a influenciam mais na sua escrita? 
Matilde Rosa Araújo, sophia, todos os sul americanos, Jorge Amado… inúmeros, tudo depende do ciclo de escrita em que estiver! 

Neste momento, qual o seu “livro de cabeceira”? 
A Biografia de Sá Carneiro e os Sinais de Fogo de Jorge de Sena. 

Na sua opinião, de que forma as Bibliotecas influenciam a formação dos mais novos? 
Permitem um amplo acesso aos livros, à alegria e à festa à volta dos livros! 

E na sua formação enquanto escritora, influenciaram-na? 
Adoro estar cara a cara com os meus leitores! 

O seu próximo livro, a editar em Outubro, é um romance histórico sobre a Marquesa de Alorna. Quer revelar-nos um pouco sobre esta obra? 
Ainda está no segredo dos Deuses mas era mulher mais desconcertante do seu XVIII e XIX português, absolutamente invulgar 



quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sugestão de leitura: "A Soma dos Dias" de Isabel Allende

Entre a memória e a autobiografia, A Soma dos Dias começa quando a família de Isabel Allende se reúne para a triste cerimónia de espalhar as cinzas de Paula, protagonista de um dos mais famosos livros da autora…
Nas páginas deste livro, Isabel Allende narra com franqueza a história recente da sua vida e a da sua peculiar família na Califórnia, numa casa aberta, cheia de gente e de personagens literários, e protegida por um espírito: filhas perdidas, netos e livros que nascem, êxitos e sofrimento, uma viagem ao mundo dos vícios e outras a lugares remotos do mundo em busca de inspiração, juntamente com divórcios, encontros, amores, separações, crises matrimoniais e reconciliações. 
Também é uma história de amor entre um homem e uma mulher maduros, que ultrapassaram juntos muitos obstáculos sem perderem a paixão nem o humor, e de uma família moderna, desgarrada por conflitos e unida, apesar de tudo, pelo carinho e a decisão de continuar em frente. Esta é a família que descobrimos em Paula e que descende dos personagens de A Casa dos Espíritos.
Uma obra emotiva e escrita no tom irónico e apaixonado que caracteriza a autora, na qual nos entrega a soma dos seus dias como mulher e como escritora.