segunda-feira, 25 de julho de 2011

Projecto Entrescrita - Sérgio Lucas



Teatro, música e agora a escrita. Como surgiu o seu primeiro livro de poesia “Camaleão”?
Comecei a mostrar alguns dos meus textos na net e a maioria dos comentários eram em apoio à edição dos mesmos, portanto juntando às opiniões que já vários amigos aos quais também os tinha mostrado, resolvi tentar…! … e aconteceu!

Revê-se, de alguma forma, no livro apresentado recentemente?
Claro que sim mas não na totalidade da obra. Claro que podemos sempre escrever textos sobre as nossas vivências, mas existem mundos paralelos à nossa vida, vidas que nos rodeiam e que nos inspiram a escrever.
É assim o meu processo de criação, simples, real e sempre inspirado na realidade e nas suas multifacetadas vidas.

O que trata a obra?
Baseia-se essencialmente nas variadas adaptações a que somos sujeitos no dia-a-dia. Somos todos camaleões ao longo da nossa vida a não ser que tenhamos um processo
de evolução tão perfeito que nunca nos tenhamos que adaptar a algo que nos é estranho ou necessário. Fala daquilo que todos somos e sentimos um pouco.

S. Pedro do Sul é uma fonte de inspiração na sua escrita poética?
É um óptimo elemento de inspiração mas não me foco em apenas em um tema, busco sempre múltiplas formas e espaços para me inspirar. Um poema sofre múltiplas transformações ao longo do seu processo.

 O que é para si a poesia?
 Uma forma de estar na vida, uma opinião e acima de tudo a verdade ou a ilusão.

E como define um livro?
Para mim e neste caso em particular, é um sonho realizado e mais uma forma de dar a conhecer aos meus conterrâneos e ao país o trabalho que desenvolvo e tenho desenvolvido.. No geral, é a mais nobre forma de expressão.

Qual o seu livro-de-cabeceira?
Sou um apreciador de poesia, acima de tudo mas neste momento estou a ler “O Cemitério de pianos”, aconselho!

E o escritor que mais admira?
Sou um enorme fã de William Blake, Frederich Nietzche e Jim morrison, mas dos portugueses admiro imenso Mário de Sá Carneiro, António Boto, Bocage e Fernando Pessoa.
  
Biografia
SÉRGIO LUCAS é natural de S. Pedro do Sul (distrito de Viseu). Iniciou-se nos palcos no grupo de teatro local e, mais tarde, no teatro escolar. Estreou-se no Teatro Politeama, com direcção de Filipe La Féria, no musical para a RTP “Camaleão Virtual Rock”. Vencedor da 2ª edição do concurso da SIC “Ídolos”, em 2004, editou dois trabalhos a solo – “Qual a Cor” e “Até ao Fim”, gravado e masterizado por Luís Jardim. Em “West Side Story”, de Filipe La Féria, interpreta, como solista, o papel de Snowboy, no Teatro Politeama. É também autor de vários trabalhos de poesia, dos temas dos seus projectos musicais e de textos de encenação de teatro amador. Foi semi-finalista do Festival da Canção da RTP 2009, com o tema “Procuro-me Em Ti”. Sob direcção de Pedro Ribeiro, gravou spots e separadores para a Rádio Comercial, em 2008 e 2009. Em “Jesus Cristo Superstar”, de Filipe La Féria, interpretou, como solista, o papel de Simão Zelotes, no Teatro Politeama e no Portimão Arena, entre 2007 e 2008. Participou em “Animais Nocturnos”, de Wanda Stuart, em 2007. Como entertainer participou na final do Festival da Canção Juvenil, da RTP, no Teatro Tivoli. Protagonizou o musical “Sexta-Feira 13”, de António Feio, em 2006. Participou na Festa de Natal da Rádio Renascença, sob direcção de Henrique Feist, no Teatro da Trindade, em 2006. Participou em diversos espectáculos de solidariedade, inclusive para a Cruz Vermelha, da RTP. Participou em espectáculos musicais para a SIC: “Sangue Latino” e “13 – O Número da Sorte”, de Henrique e Nuno Feist, em 2005. Com a sua banda, The Wish, ganhou diversos concursos a nível nacional e gravou um tema para uma compilação de bandas, “Aculturação”, organizado pelo Bloco de Esquerda, em 2003. Membro fundador da banda Sekmet, em 1992, com a qual gravou um álbum e fez digressão por diversos locais do país. Membro fundador da banda Lezyriah, em 1988, com a qual venceu concursos de bandas a nível escolar. Entrou para o Grupo de Expressão Dramática da Escola Secundária de S. Pedro do Sul, em 1988, sob direcção do Prof. Tito Agra Amorim, onde participou em espectáculos como “Ulisses”, “Argos” e “O Profeta”. Com esse grupo participou em encontros de teatro a nível nacional, como Encontros de Teatro na Escola e Encontro Nacional de Teatro Jovem do Porto. Participou na peça infantil “O Farruncha”, em 1987. Em 1985 entrou para o grupo coral da igreja da sua área de residência, onde permaneceu durante sete anos. Venceu o Festival da Canção Infantil de S. Pedro do Sul, da Rádio Lafões, em 1987. Dois trabalhos a solo: até ao fim e vícios e agora em estreia um livro intitulado camaleão.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sugestão de Leitura: " Camaleão"


Sérgio Lucas

“… descobrimos um sujeito poético consciente da vertigem que assola tanto as relações humanas como a própria vivência individual de cada ser, confrontado com a fragilidade dos laços entre as pessoas, mas também agarrado à esperança numa ainda possibilidade de projecto com o outro, redentor.”