quinta-feira, 31 de março de 2011

Projecto Entrescrita - Carlos Almeida

CARLOS ALMEIDA nasceu em Lisboa em 1960. Com raízes culturais e familiares sedeadas em Santa Cruz da Trapa, no concelho de S. Pedro do Sul, vive desde 1987 em Viseu, onde divide a sua actividade profissional entre professor de História do 3º Ciclo e dirigente associativo/animador cultural na Associação GICAV (que ajudou a fundar), colaborando como orientador da Companhia de Teatro “Faz de Conta – Marionetas” e no Festival Internacional de Banda Desenhada. Foi em Santa Cruz da Trapa que se iniciou nas lides culturais e nas artes plásticas, fundando a Associação ARCA na década de 80. Por essa altura começou, também, a escrever os primeiros textos poéticos, nos intervalos da Licenciatura em História. A descontinuidade temática e o experimentalismo técnico caracterizam a sua produção artística e literária, saltitando no tempo e nos espaços, como uma encruzilhada de indecisões ao sabor dos instantes e dos sentimentos. Possui obras artísticas em várias colecções particulares, no país e no estrangeiro (França, Grécia, Áustria, Canadá). Paralelamente ao gosto pela escrita, apresentou exposições em Lisboa, Castelo Branco, Tramagal, Óbidos, Termas de S. Pedro do Sul, Nelas, Carregal do Sal, Santa Comba Dão, Penalva do Castelo, Viseu. No campo das letras já publicou pequenos trabalhos de Poesia, “Verso ante Verso” e “Alma Penada”, e uma colectânea de Contos “Actos de Necessidade”, editados pela Associação GICAV; colaborou no projecto “Poesia Contemporânea”, da Editora Minerva; colabora com a Revista “Animarte” e com a Revista “Terras do Barroso”, desde a sua fundação. 


1. Como define a poesia? 

A verdadeira música das palavras, o canto do coração. 

2. Como surgiu o gosto pela escrita poética? 

Desde muito cedo comecei a gostar da leitura e da escrita. Oferecer versos começou a ser prática ainda na escola, para as miúdas, para as colegas. Mais tarde o “jornal” do GUJAP, grupo juvenil de animação paroquial em Sta Cruz da Trapa passou a ser o espaço de divulgação de temas em prosa e em verso, e pouco a pouco foi-se aperfeiçoando o gosto e a forma. 

3. Até ao momento quantos livros de poesia já publicou? 
Destaca algum? 

Publiquei três obras em poesia (Verso ante Verso; Alma Penada; Versos concêntricos; participei na colectânea Antologia da poesia contemporânea portuguesa; encontro-me a colaborar em duas colectâneas de Viseu (Páginas Lentas; bichinho da escrita). Tenho pronto um novo projecto intitulado “A Osmose do ser”. Destaco este último trabalho, mais reflectido, resultado de viagens interiores em redor do mundo em que vivemos e ajudámos a construir, sobre o nosso futuro pessoal e colectivo, sobre a forma como nos relacionamos com a natureza. 

4. E qual o poeta que mais admira? 

É difícil escolher um, porque as razões são diversas. No entanto posso destacar Pablo Neruda, cujos versos me provocam e me inquietam. 

5. Qual o papel da poesia em momentos de alguma instabilidade como os que vivemos actualmente em Portugal? 

A Poesia, tal como outras formas de arte, deve ser algo subversiva, inquietar para a mudança, ajudar-nos a olhar em frente de forma inteligente e crítica. 

6. São Pedro do Sul é uma terra capaz de inspirar os poetas? 

Sim, sem dúvida. Basta olharmos para a paisagem, as pessoas, os problemas que persistem na sociedade, mas também os elementos belos e diferentes. Todos os lugares são lugares da poesia. 

7. Neste momento qual é o seu livro-de-cabeceira? 

OS Contos, de Vergílio Ferreira (ando a reler). 





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